23 de abril de 2014 - 16h15
O projeto de cooperação e participação pelos direitos e saúde sexual e reprodutiva dos jovens do Algarve “Falar Disso” é apresentado hoje, em Faro, disse à Lusa o presidente da ECOS – cooperativa de educação, cooperação e desenvolvimento, Bruno António.
Até ao final do ano, os responsáveis pelo projeto querem encetar um processo de consulta à juventude algarvia que vai permitir elaborar a publicação “Jovens no Algarve e os seus direitos e saúde sexual e reprodutiva” onde será dada uma visão geral sobre este tema na região, a par da descrição de todos os serviços existentes e a apresentação de propostas de trabalho.
O calendário do projeto prevê ainda a realização do primeiro “festival de direitos sexuais do Algarve”, entre setembro e outubro, altura em que Bruno António espera que possam ser apresentados alguns resultados do trabalho que agora se inicia.
O projeto vai ser desenvolvido por uma comissão coordenadora intermunicipal composta por representantes de entidades regionais das áreas da saúde, educação e juventude e é apoiado pelo Departamento de Juventude do Conselho da Europa e da Amnistia Internacional através da sua campanha “O meu corpo, os meus direitos”.
“Acreditamos que a articulação e cooperação entre os vários intervenientes será um importante reforço na adequabilidade das ofertas e serviços para jovens às suas reais necessidades e características”, referem os responsáveis.
Além da promoção de uma comunicação mais próxima entre os intervenientes de diferentes áreas, os responsáveis esperam que o projeto possa permitir um aproveitamento mais eficaz dos diferentes recursos e planos de ação de cada um no âmbito da juventude.
O “Falar disso” resulta do projeto “Algarve 2020” que a ECOS terminou em 2013 e que procurou criar uma estratégia concertada a nível regional que permitisse criar uma política de juventude para a região, explicou Bruno António.
Do “Algarve 2020” resultaram 12 boletins dedicados a 12 áreas de políticas públicas, entre os quais o boletim da saúde que identificou a área da saúde sexual e reprodutiva como uma área onde ainda havia pouco trabalho feito e pouco conhecimento, explicou o presidente da ECOS.
“Daí saiu a vontade de desenvolver um projeto que basicamente tentasse pôr vários atores com responsabilidades políticas em conjunto com os beneficiários para construírem propostas em conjunto”, contou.
Lusa