O consórcio é liderado pela empresa SPAROS e junta as universidades de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), de Aveiro, Porto e do Algarve e ainda a empresa A. Coelho e Castro, Lda.

O projeto “ALISSA - Bases para uma alimentação saudável e sustentável para peixes de aquacultura” apresenta uma dotação financeira total de 1,2 milhões de euros tendo sido aprovado em novembro de 2015 para um período de três anos.

A UTAD, em comunicado, explicou que esta iniciativa “pretende contribuir com novos conhecimentos e ferramentas práticas para uma alimentação mais saudável e sustentável para peixes de aquacultura”.

“Queremos dar resposta aos desafios que a aquacultura portuguesa e europeia enfrentam ao nível da concorrência externa e exigências dos seus consumidores em termos de qualidade, padrões ambientais e preços competitivos”, afirmou Paulo Rema, investigador da academia transmontana e especialista em aquacultura.

A alimentação constitui um dos principais custos de uma piscicultura, entre cerca de 20 a 50% do custo operacional. “Assim sendo, as estratégias associadas ao fornecimento de alimento devem obedecer a parâmetros rigorosos que permitam uma nutrição otimizada, um crescimento e estado de saúde ótimos dos peixes, sempre com impacto ambiental mínimo”, frisou Luís Conceição da empresa SPAROS, líder na área da nutrição de peixes.

Desenvolvimento mais saudável dos animais

O responsável acrescentou que o “ALISSA” pretende “contribuir para o desenvolvimento de novos alimentos, com base em ingredientes sustentáveis e seguros, que promovam o crescimento e a condição imune dos peixes, dentro de parâmetros de sustentabilidade económica e ambiental”.

De acordo com responsáveis pelo projeto, uma nova gama de suplementos para a alimentação de peixes vai permitir uma fortificação significativa dos alimentos atualmente utilizados em imunoestimulantes (por exemplo aminoácidos) que, fornecidos através da via alimentar, “vão tornar os peixes mais resistentes às doenças e ao maneio”.

Segundo o investigador da UTAD, os resultados deste projeto serão uma “ferramenta importante para esta área da produção animal podendo ainda contribuir para uma mudança de mentalidade do consumidor em relação ao peixe de aquacultura”.

A Universidade do Algarve está envolvida na iniciativa através do Centro de Ciências do Mar (CCMAR), a Universidade do Porto envolve o Instituto de Ciências Biomédicas de Abel Salazar (ICBAS) e o Instituto Biologia Molecular e Celular (IBMC) e a Universidade de Aveiro o Centro de Estudos do Ambiente e do Mar (CESAM).