"Estamos convencidos de que conseguiremos, até ao final do ano, com a extensão do regime excecional para a contratação de médicos aposentados, com outras medidas, garantir que - até ao final do ano, como dizia - todos os portugueses possam ter médico de família", declarou Passos Coelho, na abertura do debate quinzenal, no parlamento.

Na sua intervenção inicial, o chefe do executivo PSD/CDS-PP fez um balanço positivo do último ano de governação "pós-'troika'", elencando medidas por setores, e apontou as "emissões de Bilhetes do Tesouro a taxas de juro negativas" hoje como prova de que houve uma "recuperação consistente".

Passos Coelho referiu que nunca na história do país tinham sido registadas essas taxas de juro.

Depois, deixou uma mensagem alusiva às eleições legislativas deste ano, defendendo a renovação do mandato do atual Governo.

"O balanço que faço hoje será significativamente melhorado, não tenho dúvidas, quando daqui a um ano voltarmos a fazer o balanço do pós-'troika' em Portugal, em particular se mantivermos o rumo que temos seguido até hoje", disse o primeiro-ministro e presidente do PSD.

Entre outras medidas adotadas no período "pós-'troika'", Passos Coelho destacou o chamado banco de fomento: "Com algum atraso, constituímos a Instituição Financeira de Desenvolvimento, que deverá começar ainda neste verão as primeiras operações de intervenção sobre capitais que são reembolsáveis no quadro do Portugal 2020".

Por outro lado, mencionou que estão em conclusão ou foram concluídas, desde então, as privatizações ou concessões "da segunda fase da REN, da Empresa Geral de Fomento, dos CTT, dos transportes de passageiros de Lisboa e do Porto, da TAP, da CP Carga e da EMEF e do Oceanário".

O novo código fiscal do investimento, o novo mapa judiciário, o aumento do salário mínimo nacional e o início da remoção dos cortes salariais no setor público foram outras medidas apontadas pelo primeiro-ministro.

Passos Coelho expressou "muito orgulho" na ação governativa e considerou que Portugal mostrou ser "um país que não precisa da 'troika' para fazer aquilo que é preciso".

O primeiro-ministro fez este balanço a propósito dos quatro anos do pedido de resgate financeiro a Portugal feito em 2011 e do primeiro ano após a conclusão do respetivo programa, que a coligação PSD/CDS-PP assinalou no sábado com uma cerimónia em Guimarães.