Em comunicado enviado hoje à agência Lusa, o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEF) explica que o turno da noite foi o que teve maior adesão (90%), tendo o da manhã registado uma adesão de 66% e o da tarde de 84%.

No início da jornada de luta, na segunda-feira, a representante do SEF Guadalupe Simões explicou se houvesse mais profissionais de enfermagem naquela unidade hospitalar os enfermeiros não estariam a ser "explorados" como, afirma, estão a ser atualmente, tendo mais de 18 mil horas "em dívida".

"Isto significa menos 132 enfermeiros que deviam estar aqui a trabalhar e não estão, razão pela qual estes [enfermeiros] estão sobrecarregados", afirmou.

Guadalupe Simões apontou como razões pelo protesto, além daquelas horas em dívida, "a questão da semana de 35 horas de trabalho não se aplicar a todos os enfermeiros, nomeadamente aos com contrato individual de trabalho", questão que, disse, "foi colocada ao conselho de administração, que não deu resposta".

A sindicalista reclamou ainda contra o congelamento da progressão de carreiras no Serviço Nacional de Saúde (SNS): "Há uma saída de profissionais do SNS para o [setor] privado e para fora, porque desde 2005 não há progressão de carreiras e essa é outra das nossas exigências", disse.

"Não é possível manter enfermeiros peritos no SNS se esses peritos nãos forem valorizados e uma dessas formas é através da progressão de carreira", avisou. A greve tem especial incidência no Bloco Operatório, Cirurgia de Ambulatório e Consultas Externas.

Com Lusa