O estudo, que contou com a participação de 4.911 pessoas, representativas da população portuguesa, analisou o estado da saúde dos portugueses, mas também os seus comportamentos preventivos.

“Na população feminina entre os 50 e os 69 anos de idade, o INSEF observou uma elevada prevalência de realização de mamografia nos dois anos anteriores à entrevista, estimada em 94,8%”, lê-se nas conclusões do inquérito.

O exame não é, contudo, feito com a mesma frequência em todo o país, pois a região Centro apresenta a prevalência mais elevada (98,7%), enquanto a região do Algarve a mais baixa: 87,1%.

Em relação à citologia cervico-vaginal, este exame foi realizado nos três anos anteriores à entrevista por 86,3% da população feminina entre os 25 e os 64 anos de idade, enquanto 9,8% o terá realizado há mais de cinco anos, ou nunca o realizou.

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“As percentagens mais elevadas de realização deste exame nos três anos anteriores observaram-se entre os 35 e os 44 anos (90,8%), na região Norte (91,7%), nas mulheres com ensino superior (88,2%) e naquelas com trabalho remunerado (88,7%), e as menores (77,0%) entre os 55 e os 64 anos de idade, grupo no qual 17,4% das mulheres nunca terá realizado este exame ou o terá realizado há mais de cinco anos, na região autónoma dos Açores, Alentejo e na Região Autónoma da Madeira, com respetivamente 22,1%, 16,1% e 16,0%”.

Os autores do estudo sublinham que “na população alvo com médico de família atribuído, 87,3% tenha realizado citologia cervico-vaginal nos três anos anteriores, valor significativamente superior ao da população alvo sem médico de família atribuído (79,9%)”.

Sobre a pesquisa de sangue oculto nas fezes nos dois anos anteriores à entrevista, esta foi a que registou “as menores estimativas a nível nacional (45,7%), valor muito próximo a estimado para a população que nunca realizou este exame na sua vida (44,2%)”.

Números igualmente reduzidos foram os identificados no decorrer do inquérito sobre as consultas de saúde oral.

“Nos 12 meses anteriores à entrevista, pouco mais de metade da população estudada (51,3%) consultou um profissional de saúde oral, com maior frequência na população feminina”.

O motivo mais frequente foi a consulta de rotina (43,1%) e o tratamento de emergência (39,4%).

Na população estudada, “1,9% nunca utilizou uma consulta de saúde oral, valor que era mais elevado na população sem escolaridade (6,4%) ou com escolaridade a nível do primeiro ciclo e na população sem atividade profissional (8,8%)”.