28 de janeiro de 2013 - 11h56 
A Comissão Europeia anunciou esta segunda-feira que o “Projeto do Cérebro Humano” realizado por 80 instituições - incluindo a portuguesa Champalimaud – é um dos dois vencedores de uma iniciativa europeia para desenvolver a ciência moderna.
O "Projeto do Cérebro Humano” visa perceber o cérebro humano reconstruindo-o, peça por peça, através de modelos e simulações produzidas por um supercomputador, explica a instituição em comunicado.
Segundo adianta, “estes modelos abrirão portas ao conhecimento do cérebro e das suas doenças e permitirão o desenvolvimento de novas tecnologias nas áreas computacional e da robótica”.
Do projeto faze parte 200 investigadores, entre os quais estão Rui Costa e Zachary Mainen, do Programa de Neurociência da Fundação Champalimaud.
O projeto deverá decorrer durante 10 anos e terá um financiamento estimado em 1,2 mil milhões de euros, atribuídos por um consórcio maioritariamente europeu e constituído por quatro instituições: École Polytechnique Fédérale de Lausanne, Universidade de Heidelberg, Centre Hospitalier Universitaire Vaudois e a Universidade de Lausanne University of Lausanne.
Além disso, a iniciativa poderá contar ainda com parceiros de instituições norte-americanas e japonesas.
Para o investigador português Rui Costa,  “será uma oportunidade única para a partilha de conhecimento e para o desenvolvimento de modelos que permitirão compreender a complexidade dos circuitos neurais que compõem o cérebro humano”.
Os investigadores do Programa de Neurociências da Champalimaud vão contribuir para o estudo estabelecendo, por um lado, “uma relação entre ações, comportamentos, e os circuitos neurais que estão na sua génese” e, por outro, desenvolvendo “modelos computacionais que permitam integrar e processar esta informação”, explicou Zachary Mainen.
Lusa