19 de junho de 2014 - 13h13
Técnicos do Norte de Portugal e da Galiza deverão apontar, em 2015, as soluções para melhorar o acesso das populações dos dois lados da fronteira aos cuidados de saúde, foi hoje anunciado por entidades das duas regiões.
Os grupos de trabalho que vão identificar a capacidade instalada no Norte de Portugal e da Galiza na área da saúde foram hoje formalmente constituídos através do protocolo assinado, hoje em Vigo, entre a Administração Regional de Saúde (ARS) do Norte e a Junta da Galiza.
O acordo foi assinado na sede do Agrupamento Europeu de Cooperação Transfronteiriça Norte de Portugal Galiza, na presença do presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), Emídio Gomes, e do vice-presidente da Junta da Galiza, Alfonso Rueda.
Para o presidente da ARS-N, Castanheira Nunes, a criação destes grupos de trabalho mistos vai permitir definir "um regime sustentável para ambas as regiões em matéria de mobilidade de doentes com acesso a cuidados de saúde seguros e de qualidade".
"A saúde é complexa, a organização é diferente em ambos os lados da fronteira, importa agora articulá-los. Temos dois grandes objetivos para já, a eurocidade Verín-Chaves e a articulação entre os serviços de informação do Norte de Portugal e Espanha. O Minho será também uma prioridade", explicou Castanheira Nunes.
Já a conselheira de Saúde da Junta da Galiza, Rocío Alvarez, sublinhou que este acordo vai permitir regulamentar, aprofundar e alargar a cooperação já existente em várias zonas, apontando como exemplo a partilha em prática na eurocidade Chaves e Verin e Ayamonte e Vila Real de Santo António, ao nível de serviços de enfermagem e obstetrícia.
"É preciso tornar o acesso ainda mais fácil sobretudo a pensar nos doentes" explicou a conselheira da Junta da Galiza.
Por Lusa