Segundo as Estatísticas do Ambiente do Instituto Nacional de Estatística (INE) para 2014, hoje divulgadas, o índice de qualidade do ar concluia que 70,1 por cento dos dias monitorizados apresentavam valores 'muito bom' ou 'bom' e o número de dias com concentrações do poluente ozono troposférico não ultrapassou o valor máximo diário permitido.

A água para consumo humano da rede pública atingiu 98,4% com boa qualidade, enquanto 73,4% das observações efetuadas em águas interiores e em 95,1% em águas balneares costeiras ou de transição tiveram classificações de 'boas' ou 'excelentes'.

No setor dos resíduos urbanos "não houve porém melhorias significativas, mantendo-se relativamente elevada a taxa de deposição em aterro", com 49%, e a "importância relativa" da recolha seletiva de lixo atingia apenas 13,6% do total. Cada português fez mais 13 quilos de lixo em 2014.

Na energia, o contributo das renováveis foi de 25,1% no consumo de primário e de 61,4% na produção de eletricidade.

A despesa em atividades de proteção ambiental da Administração Pública aumentou 1,3% e chegou aos 1.005 mil milhões de euros, mas somente 13,1% foi aplicado em investimento já que a maior parte do montante destinou-se a gastos com pessoal.

O peso daquele valor na criação de riqueza no país (Produto Interno Bruto ou PIB) manteve-se nos 0,58%.

O INE explica que o aumento do PIB em 2014, "fez aumentar o rendimento disponível e criou maior pressão sobre o ambiente, porém, o acentuado envelhecimento da população contribuiu para o alívio dessas pressões "uma vez que são as camadas mais jovens as responsáveis pela intensificação da urbanização".

O retrato da área do Ambiente definido pelo INE refere ainda que os bens e serviços do setor tinham 47.220 empregados, mais 3,3% que em 2013, e destes, 30.536 desempenhavam funções específicas do tema.