De acordo com o médico do Hospital dos Lusíadas Porto, "é fundamental quebrar mitos, falar abertamente sobre a doença, não alarmar demasiado as mulheres mas, ao mesmo tempo, não esconder os riscos que verdadeiramente correm. É fundamental aumentar os rastreios de cancro de mama entre a população portuguesa, pois só desta forma conseguiremos continuar a aumentar a taxa de sobrevivência à doença".

"Relembro que as mulheres não devem aguardar pelos sintomas para realizar o rastreio, pois é precisamente quando não são detetados nódulos nem existe qualquer suspeita que o mesmo deve ser feito. A partir dos 45 anos, as mulheres devem realizar ecografias mamárias e mamografias regulares de dois em dois anos", explica.

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O cirurgião acrescenta ainda que "nos casos em que há histórico familiar de cancro de mama na família, esta vigilância deve ser iniciada mais cedo. Costumamos aconselhar que o rastreio seja feito dez anos antes da idade que o familiar tinha quando lhe foi diagnosticada a doença".

"Todos os anos estão a surgir cinco mil novos casos de cancro de mama em Portugal e a esperança de vida das mulheres não será indiferente a este fenómeno, uma vez que esta é uma doença degenerativa associada ao envelhecimento. Ainda assim, é também visível um aumento do número de casos de cancro de mama detetados em mulheres com idade inferior a 40 anos. Ainda assim há cada vez mais mulheres a sobreviver ao cancro da mama, muito devido à eficácia dos rastreios e aos diagnósticos mais precoces da doença", conclui.