Os resultados anuais divulgados pelo IEP em Bruxelas revelam que Portugal teve um dos maiores aumentos entre os países com menor volume de pedidos – superado apenas pela República Checa (27,5%) -, ao ter apresentado 137 pedidos de patentes em 2015 face aos 113 de 2014, números que são no entanto modestos no contexto geral, dentro e fora da Europa.

Em 2015, o IEP recebeu um número recorde de 160 mil pedidos de patentes (face a 153 mil em 2014), tendo a maior parte sido oriundos de empresas dos Estados Unidos (42.692), Alemanha 824.820), Japão (21.426), França (10.781) e Holanda (7.100).

Entre os 28 Estados-membros da União Europeia (UE), Portugal, com 137 pedidos, fica no 16º posto da classificação de 2015 em termos absolutos, enquanto em termos proporcionais, com 12,7 pedidos por milhão de habitantes, ocupa a 20ª posição.

Em Portugal, pedidos são liderados por centros de investigação

Entre os 10 maiores requerentes de patentes oriundos de Portugal, contam-se três centros de investigação e três universidades, numa lista encabeçada pelo INL, Laboratório Ibérico internacional de Nanotecnologia, centro de investigação que apresentou oito pedidos de patentes, seguido pela empresa Saronikos Trading and Services (seis), e a Universidade do Minho (seis).

A lista global é encabeçada pelas empresas Philips (2.402 pedidos), Samsung (2.366) e LG (2.091).

As tecnologias com maiores pedidos de patentes de Portugal foram a Tecnologia Médica (12%, mais 3% do que em 2014), a Engenharia Civil (7%), e o Mobiliário (7%).

Num comentário aos resultados anuais hoje divulgados, o presidente do IEP, Benoît Battistelli, defendeu que “o incrível crescimento de pedidos de patentes ao IEP prova que a Europa continua a ser um 'hub' para inovadores de todo o mundo e um mercado tecnológico muito atrativo”.

“Este é um reflexo do interesse das empresas e dos inventores em procurarem a proteção das suas invenções através de patentes de alta qualidade para o mercado europeu. Apesar do crescimento impressionante dos pedidos provenientes de países de fora da Europa, o balanço do número de pedidos de patentes realizados por empresas europeias noutras regiões continua a ser claramente positivo, o que realça o potencial de inovação da economia europeia”, sustentou.