Em Portugal há apenas 359 camas de cuidados paliativos para cerca de 72 a 86 mil doentes que precisam todos os anos destes cuidados.

"Eu acredito que haja apenas 7500 a oito mil a ter acesso a estas respostas. Se os doentes tiverem o tratamento adequado e forem bem tratados, os pedidos para realizar uma eutanásia serão sempre marginais", comenta à edição impressa desta quarta-feira do Diário de Notícias Manuel Luís Capelas, presidente da Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos.

Dez anos depois da sua criação, a rede de cuidados paliativos está a crescer de forma lenta.

Os números da Organização Mundial de Saúde sugerem 80 a 100 camas por cada milhão de habitantes, o que ditaria uma rede de 950 camas.

As camas de cuidados paliativos não se destinam apenas a doentes com alguns dias de vida, mas também àqueles que estão em fase avançada de doença ou em fase terminal, procurando-se reduzir o sofrimento e garantir um final de vida com qualidade e tão ativa quanto possível.