Dos seis casos notificados em Portugal, cinco deles foram importados do Brasil e o sexto da Colômbia, países onde o vírus se tem propagado, levando a que as viagens para estas zonas constituam a principal forma de contrair uma eventual infeção – que ocorre por picada de mosquitos infetados.

Aliás, a Direção-geral de Saúde (DGS) já desaconselhou as mulheres em idade fértil que querem engravidar ou as grávidas a viajarem para os países onde o vírus Zika tem expressão epidémica.

“Foi emitida recomendação para as portuguesas em idade fértil, que queiram engravidar, e em particular as grávidas. Nós aconselhamos que não se desloquem neste momento a um país onde o problema Zika tem esta expressão epidémica”, disse o diretor-geral da Saúde numa conferência de imprensa no final do mês passado.

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Segundo a DGS, o risco só existe em áreas onde a propagação se está a verificar de “uma forma crescente e, tudo indica, de forma descontrolada”, referindo-se a países da América do Sul, Caraíbas e África.

Também o ministro da Saúde veio garantir que os portugueses podem estar tranquilos com o vírus Zika, uma vez que a situação está controlada e o risco é confinado.

“Está a fazer-se o acompanhamento dos casos que recebemos através de viajantes mas não há nenhuma preocupação a assinalar. Os portugueses podem estar tranquilos”, declarou já o ministro Adalberto Campos Fernandes.

Quanto à situação dos dadores de sangue em Portugal, as autoridades garantem que os dadores estão a ser devidamente rastreados para que as dádivas sejam seguras.

Com o risco de novas infeções pelo vírus Zika em vários países, a Organização Mundial de Saúde reconheceu ser adequado restringir as doações de sangue de viajantes oriundos de países de risco, de modo a evitar uma eventual propagação do vírus.

Em Portugal, o Instituto do Sangue e da Transplantação garantiu que estão a ser tomadas todas as medidas de precaução necessárias para que as dádivas de sangue sejam seguras, tendo sido realizado um alerta de prevenção em janeiro.

O alerta foi emitido devido à “agressividade imensa da epidemia pelo vírus Zika” e para que todos os profissionais de saúde que fazem a recolha de sangue em Portugal estejam cientes das normas que devem seguir.