"As pessoas são obrigadas a passar a noite à porta da extensão de saúde para conseguirem ser atendidas no dia seguinte", afirmou Graça Silva, vogal da Junta de Freguesia.

Segundo a autarca, na origem do problema, que se arrasta há pelo menos dois anos, está a falta de médicos de família, conforme admitiu o Agrupamento de Centros de Saúde do Estuário do Tejo, em carta enviada à Junta de Freguesia em outubro de 2014. "Há vários anos tínhamos cinco médicos de família e hoje só temos dois para toda a população", explicou.

Em outubro de 2014, a autarquia enviou uma carta e um abaixo-assinado ao Ministério da Saúde a alertar para o problema e, em maio deste ano, convidou o ministro da Saúde a visitar a extensão de saúde para se inteirar da situação.

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Até ao momento ainda não foram colocados médicos de família. A Junta de Freguesia reclama por soluções para a falta de médico, situação que tem vindo a ser colmatada com "20 consultas por semana" por parte de um médico em regime de prestação de serviços.

Segundo Graça Silva, a maior parte da população da freguesia, com diversos problemas sociais, não tem condições financeiras para recorrer à medicina privada.

Contactada pela Lusa, a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo não prestou, até ao momento, quaisquer esclarecimentos.