14 de janeiro de 2013 – 10h22 
A forte poluição atmosférica em Pequim e em dezenas de grandes cidades da China gerou esta segunda-feira uma onda de indignação na internet e em diversos meios de comunicação do país. Televisão e jornais estatais alertam a população para os perigos de andar de bicicleta e aconselham o uso de máscaras.
"Criar uma China bonita começa por respirar de maneira saudável", escrevia o Diário do Povo, o jornal oficial do Partido Comunista chinês.
"Em pleno processo de urbanização rápida, é urgente que a China reflita sobre a maneira de levar este processo sem que a qualidade de vida urbana seja comprometida por um meio ambiente de mal a pior", considerou o jornal China Daily, esta segunda-feira, que acrescentou ser necessário o debate sobre esta questão.
Durante o fim de semana, uma espessa névoa carregada de partículas finas envolveu o norte e leste da China, afetando os transportes e provocando a venda massiva de máscaras para proteger a zona bocal e nasal.
A densidade de partículas superaram em certas regiões o limite por metro cúbico, segundo o centro de vigilância ambiental da capital chinesa, que alertou a população para o risco das partículas se infliltrarem no sistema respiratório e sanguíneo.
A rede de televisão estatal CCTV continua a desaconselhar o uso de bicicleta em Pequim, onde a visibilidade é reduzida.
As autoridades são frequentemente acusadas de subestimar ou ocultar a gravidade da poluição atmosférica nas zonas urbanas. 
A China, considerada a segunda potência económica e o primeiro mercado mundial do setor automóvel, vê o seu meio ambiente ameaçado por causa das diversas indústrias poluentes e da constante expansão.
Por outro lado, 70% da energia consumida no país provém da combustão de carvão, o que torna a China no primeiro emissor mundial de gases de efeito de estufa.
Por SAPO Saúde com AFP