Todos os produtos presentes nestas cinco empresas foram apreendidos enquanto decorrem as investigações das autoridades para apurar se todos estão contaminados ou só uma parte.

As cinco empresas afetadas estão nas zonas francesas em Vienne, Morbihan, Maine-et-Loire e Nord Pas de Calais.

O Ministério da Agricultura francês tinha avançado na segunda-feira que o país tinha sido atingido com treze lotes de ovos contaminados com o inseticida proibido para uso alimentar na União Europeia (UE) e importados da Holanda.

Os ovos identificados na Holanda com um pesticida tóxico não estão à venda em Portugal, segundo adiantou à Lusa fonte da Direção-Geral da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural (DGAV).

Questionado pela Lusa, este organismo do Ministério da Agricultura português afirmou que a distribuição de “os ovos em causa, cujos lotes foram de imediato identificados, restringe-se aos seguintes países: Holanda, Bélgica, Alemanha, França, Itália, Polónia e Dinamarca.

Na passada quinta-feira, as autoridades holandesas advertiram de que, em alguns lotes de ovos, a quantidade do pesticida era superior aos limites e poderia representar um perigo para a saúde dos consumidores.

Trata-se do Fipronil que é considerado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como “moderadamente tóxico” para o homem. O uso deste pesticida é expressamente proibido em animais destinados ao consumo humano.

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Segundo a Direção-Geral de Alimentação e Veterinária, o Fipronil é um inseticida de utilização comum, autorizado para a desinfestação de animais de companhia (cães e gatos) estando vedado o seu uso em explorações pecuárias.

Em Portugal, adianta a DGAV, não foram detetados quaisquer indícios de utilização indevida de Fipronil.

Na segunda-feira, a União Europeia (UE) notificou as autoridades de segurança alimentar no Reino Unido, França, Suécia e Suíça sobre a eventual entrada naqueles territórios de lotes de ovos contaminados com um pesticida tóxico.

A Comissão Europeia decidiu avançar com esta medida preventiva depois da Holanda e da Alemanha terem notificado durante o fim de semana passado o Sistema de Alerta Rápido para os Géneros Alimentícios e Alimentos para Animais (RASFF) da UE.

Na sequência deste alerta, e como medida de precaução, várias cadeias de supermercados na Holanda, Alemanha e na Bélgica decidiram retirar das prateleiras certas remessas de ovos.

Hoje a Comissão Europeia (CE) abriu uma investigação para determinar se as autoridades belgas informaram tarde de mais o sistema de alertas alimentares comunitário sobre a existência de lotes de ovos contaminados com um pesticida tóxico, foi divulgado hoje.

Em caso de incumprimento desta obrigação legal, a CE pode iniciar um procedimento de infração contra um Estado-membro.