“Não podemos negar as dificuldades, que se acentuaram e foram muito visíveis no período de verão”, afirmou a deputada comunista Carla Cruz, numa audição ao ministro da Saúde, a decorrer na comissão parlamentar da Saúde, a pedido do PCP.

A deputada deu como exemplos dificuldades nos serviços de obstetrícia e ginecologia e de camas que foram sendo fechadas, como nas unidades do Litoral Alentejano ou no Pulido Valente (em Lisboa).

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“Há um cenário de carência de profissionais em vários hospitais. Em Gaia, por exemplo, o conselho de administração diz que faltam 80 enfermeiros e 40 assistentes operacionais”, afirmou Carla Cruz, recordando também vários casos de demissões de diretores de serviço em hospitais do SNS.

O PCP considerou ainda como insuficiente os 2.000 profissionais autorizados a contratar em junho para colmatar a passagem de trabalhadores às 35 horas semanais, insistindo em saber como e quando vai o Governo reforçar os recursos humanos na saúde.

O ministro da Saúde, em resposta ao PCP, reconheceu que “as necessidades de recursos humanos ainda não estão totalmente satisfeitas”, mas frisou que “nunca houve tantos enfermeiros nem tantos médicos no SNS”.

Adalberto Campos Fernandes admitiu ainda que dos dois mil profissionais autorizados ainda nem todos foram recrutados, porque os hospitais estarão a sentir dificuldades em conseguir recrutar, sobretudo assistentes operacionais.