A vacina Prevenar previne doenças provocadas pela bactéria pneumococo, como a pneumonia, meningite, otite e septicemia, entre outras.

Para o PCP e o Bloco de Esquerda, é insuficiente dar a Prevenar de forma gratuita, no Plano de Vacinação, a crianças nascidas a partir de 1 de janeiro deste ano.

"Continua a haver desigualdade", afirmou a deputada comunista Paula Santos, indicando não compreender a razão de incluir as crianças nascidas em 2015, mas não as de 2014 ou 2013.

Também a deputada do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, mostrou "dificuldade em compreender" a razão de incluir apenas as crianças nascidas a partir deste ano, pedindo ao governo que possibilidade de abranger mais crianças.

Em resposta, o ministro da Saúde, Paulo Macedo, disse que a Direção-geral da Saúde e a Autoridade do Medicamento estão a analisar "se deve haver um outro tipo de transição" que envolva a vacinação de outras crianças nascidas antes de janeiro de 2015.

Macedo lembrou que, além da inclusão no plano, o governo decidiu comparticipar em 15 por cento a compra da vacina para qualquer outra criança ou adulto, bem como administrar de forma gratuita 40 mil doses a grupos de risco.

Os partidos que formam o governo elogiaram a medida hoje anunciada, com a deputada do CDS Teresa Caeiro a sublinhar que o partido "aguardou durante nove anos".

"Tínhamos uma enorme desigualdade e essa situação de desigualdade acabou", afirmou.

Da parte do PS, a deputada Antônia Almeida Santos disse apenas que os socialistas apoiam as medidas que sirvam para acrescentar direitos aos direitos dos doentes, mas considerou que por mais anúncios que o Ministério da Saúde faça "não conseguirá apagar" a política que seguiu até aqui.

Atualmente, a vacina Prevenar pode ser comprada mediante receita médica e o seu custo total ronda os 300 euros, suportado até agora integralmente pelas famílias.