15 de julho de 2014 - 09h38

A subdiretora-geral da Saúde, Graça Freitas, disse hoje à Lusa que as variações de temperaturas registadas nas últimas semanas em Portugal não têm impacto na saúde humana e estão dentro do esperado para a época do ano.

“As variações bruscas e de grande amplitude podem, de facto, ter impacto negativo na saúde humana, mas neste momento o que se está a passar em Portugal está dentro do esperado para esta época do ano”, disse.

De acordo com Graça Freitas, as oscilações de temperaturas registadas nas últimas semanas em Portugal são moderadas e não extremas.

“Nós temos mecanismos de termo-regulação que funcionam em função da temperatura exterior e esses mecanismos têm de se ir adaptando a estas diferenças. Em Portugal, as temperaturas não têm uma magnitude que justifique grandes impactos na saúde”, salientou.

Na opinião da subdiretora-geral da Saúde, uma descida de temperatura por exemplo da ordem dos 10 graus centígrados “não é assim tão anormal”.

“Não estou a dizer que os nossos mecanismos térmicos não tenham de se adaptar a essa variação, mas, neste momento, a variação está dentro do esperado para esta época do ano. Nós adaptamo-nos [a essas variações], como nos adaptamos à noite e ao dia quando mudamos para um país diferente”, esclareceu.

Segundo a responsável, uma variação acima do normal seria, por exemplo, se a temperatura máxima subisse aos 40 graus e depois repentinamente caísse para os 28º, porque 40º é “muito acima do normal”.

“Não estamos a falar de casos como o que aconteceu na segunda-feira na Sibéria, onde se registavam 40 graus e as temperaturas baixaram abruptamente e começou a cair granizo. Estes são fenómenos extremos e pontuais como os tornados nos Estados Unidos, mas depois tudo volta à normalidade”, contou.

Por Lusa