Numa lista de dez prioridades para os oceanos em 2016, a Oceana quer que os decisores políticos “passem das palavras aos atos”, lembrando que os mares são a principal fonte de vida da Terra, mas que continuam a ser explorados de forma despreocupada.

“Não capturar mais peixe do que aquele que o mar consegue repor” é uma das dez medidas consideradas fundamentais, com a associação internacional a indicar que os governos devem gerir a pesca de forma mais sustentável, enquanto os cidadãos devem tomar decisões mais conscientes como consumidores.

Promover práticas pesqueiras respeitadoras do meio ambiente, erradicar a pesca ilegal e defender as profundezas marítimas são outras das medidas tidas pela Oceana como fundamentais para 2016.

Outra das ações é dirigida contra as alterações climáticas, com a associação internacional a recordar que a água do mar está a aquecer e a tornar-se mais ácida, devido às emissões de dióxido de carbono, obrigando as espécies a migrar e a invadirem outros ecossistemas, acabando com os corais e com animais com concha.

Lutar por um mar mais limpo – reciclando e reutilizando para produzir menos lixo -, investir mais em investigação marinha e sensibilizar as pessoas para a questão do mar, recordando que os oceanos cobrem 71% da superfície do planeta, são outras das medidas.

A Oceana advoga ainda como essencial uma transição para energias renováveis, uma vez que os oceanos são uma fonte de energia renovável mas, em contrapartida, vão recebendo derrames de petróleo e de outros combustíveis.

Para a organização internacional de defesa dos oceanos é ainda prioritário conceber planos de gestão de habitats e espécies vulneráveis, até para dar cumprimento à Convenção das Nações Unidas sobre Diversidade Biológica, que define como objetivo proteger 10% dos oceanos até 2020, dentro de quatro anos.