20 de setembro de 2013 - 12h14
A Ordem dos Psicólogos Portugueses (OPP) quer criar ainda este ano o “cheque-psicólogo”, iniciativa semelhante ao “cheque-dentista”, que pretende alargar o acesso a serviços de psicologia “de qualidade e certificados”, em todo o país, adiantou o vice-presidente da OPP.
Samuel Antunes, vice-presidente da OPP, disse à Lusa que já estão pedidas audiências aos ministros da Saúde, da Segurança Social e da Educação, sendo que o foco em relação a este último ministério são as crianças com Necessidades Educativas Especiais (NEE).
“Com cheque-psicólogo as crianças com NEE veriam alargadas as tipologias e problemáticas que permitem acesso ao acompanhamento sem aumentar os custos para o ministério”, garantiu o responsável da OPP, sem, no entanto, adiantar qualquer valor ou estimativa de poupança face às soluções atualmente existentes, por considerar que os dados não devem ser divulgados antes de se realizarem as reuniões pedidas aos três ministérios.
“O Ministério da Educação e Ciência, mas sobretudo as escolas e os alunos, beneficiariam de uma maior oferta para responder às necessidades dos alunos. As escolas hoje têm um psicólogo para um agrupamento ou mais”, referiu.
Samuel Antunes sublinhou que o enfoque do “cheque-psicólogo” é aumentar a cobertura do acesso a serviços de psicologia em todo o território nacional, sobretudo nas vertentes clínica e educacional, tornando-os mais acessíveis para os cidadãos, mas sem que isso implique maiores gastos para os ministérios, podendo mesmo representar uma poupança.
Em simultâneo, a OPP compromete-se a supervisionar os profissionais que prestariam os serviços, que teriam necessariamente que ser certificados pela Ordem, e a garantir um “controlo de qualidade” dos resultados alcançados.
A Ordem montou também uma rede logística para garantir a adequada formação dos profissionais, sobretudo a nível interno, com recursos a psicólogos inscritos na Ordem, mas também através de instituições de ensino superior.
O vice-presidente da Ordem dos Psicólogos admite ainda que esta seria uma medida que ajudaria a combater o desemprego entre os 18 mil profissionais inscritos na OPP, ainda que esse não seja o principal objetivo da medida.
A OPP não tem qualquer estimativa de quantos profissionais possam estar desempregados de momento.

Lusa