Em comunicado enviado à agência Lusa, a Ordem dos Médicos (OM) escreve que o Fundo de Solidariedade da Ordem dos Médicos tem como “missão prestar auxílio a médicos carenciados, ajudando, em montante variável, dezenas de médicos ou familiares de médicos que vivem com graves dificuldades, mas perante esta situação excecional não lhe poderia ficar alheio”.

Na nota, a Ordem manifesta também “plena confiança na disponibilidade de todos os médicos para colaborar na receção de uma população profundamente fragilizada e traumatizada, que necessitará certamente de cuidados de saúde urgentes, polivalentes e continuados”.

A OM lembra que os portugueses, em Portugal ou no estrangeiro, já necessitaram em muitos momentos da solidariedade dos outros.

“Pela sua vocação vital, humanista e solidária, porque todos os dias vivem o apelo e tentam resolver as difíceis histórias de vida dos seus doentes, os médicos sentem em particular o drama de todos aqueles padecem, dos que são obrigados a fugir das suas casas e dos seus países, dos que sofrem sem o conforto do calor de uma mão amiga, de todos aqueles que precisam da solidariedade e compreensão dos outros seres humanos”, sublinha a OM, no comunicado enviado à Lusa.

Por isso, a OM decidiu disponibilizar-se para receber uma família de refugiados num apartamento do Fundo de Solidariedade em Lisboa e assumir as responsabilidades financeiras que se revelem necessárias para a integração na sociedade ou até eventual regresso aos país de origem.

Entre quatro e cinco mil refugiados chegaram à Croácia nas últimas 24 horas, depois do encerramento das fronteiras da Hungria na quarta-feira, de acordo com a televisão croata (HRT).

Os migrantes, incluindo os refugiados que fugiram dos conflitos no Médio Oriente, continuam a seguir em direção à Croácia, país que se tornou uma nova porta de entrada na União Europeia.

Quase 1.200 migrantes chegaram na quarta-feira à Croácia, depois de aberta uma nova estrada para entrada na União Europeia, após o encerramento da fronteira entre a Hungria e a Sérvia, refere em comunicado o Ministério do Interior croata.