Numa audição parlamentar na Assembleia Legislativa, António Pedro Freitas afirmou que o SESERAM recorre a médicos do exterior porque "não quer contratar" os que são da Madeira, situação que considera anormal. "Se é esta a resposta que querem, então o melhor será fretar um avião para os trazer do continente", ironizou, realçando que é o próprio sistema público que permite a saída dos profissionais para o setor privado.

O presidente da delegação da Ordem dos Médicos foi ouvido na Comissão Parlamentar de Saúde e Assuntos Socais, na sequência de um requerimento apresentado pelo partido Juntos Pelo Povo para analisar as carências do setor.

António Pedro Freitas considerou que muito do que é feito ao nível do serviço regional de saúde deve-se à "resiliência" dos profissionais e ao facto de algumas especialidades não terem procura na região ao nível do setor privado, caso contrário "o SESARAM ainda estava mais esqueleto".

O responsável recordou o discurso que fez na sua tomada de posse, onde afirmou que o sistema está "enfermo" e "incapaz", vincando que "não vale a pena contradizer o que todos estão a ver".

António Pedro Freitas falou ainda de "pressões e perseguições" que dificultam o funcionamento dos serviços, sublinhando que a "medida mais assertiva" para melhorar o setor da saúde na Região Autónoma da Madeira é "sentar as pessoas e falar com elas".

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Por outro lado, o presidente da delegação regional da Ordem dos Enfermeiros, Élvio Jesus, que também foi ouvido naquela comissão parlamentar, afirmou que existe uma "imperiosidade", que nalguns casos é mesmo uma "questão de vida e morte", de o SESERAM admitir mais enfermeiros.

"As necessidades em junho - este mês - são de 369 enfermeiros e em agosto e setembro sairão os auxiliares que estão a prestar serviço ao abrigo de programas ocupacionais e a recibos verdes, o que provocará uma carência de 150", disse, vincando que "a contratação de mais enfermeiros é uma questão de emergência".

Tal como o presidente da delegação da Ordem dos Médicos, o responsável pela Ordem dos Enfermeiros na Madeira falou de "pressões e perseguições" ao nível do serviço regional de saúde e alertou os deputados para a necessidade de "ir ver o que se passa [no SESARAM] e por que se passa".

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