De acordo com o bastonário da Ordem dos Médicos, José Manuel Silva, o inquérito disciplinar foi aberto com o objetivo de apurar “a envolvência” de um médico durante o treino do 127.º Curso de Comandos na região de Alcochete, no distrito de Setúbal, que começou a 04 de setembro.

Em causa está a atuação do capitão Miguel Onofre Domingos, médico dos Comandos, que, segundo a edição de hoje do Correio da Manhã, terá ordenado a quatro militares que tinham desfalecido para rastejarem até à ambulância.

O médico terá depois saído durante duas horas, “deixando 25 vítimas – que considerou não urgentes – na tenda com dois enfermeiros”, segundo o jornal.

Para esta tarde está agendado o interrogatório pelo Ministério Público de dois militares, no âmbito do inquérito onde se investigam as circunstâncias do treino que levaram à morte de alunos do curso de Comandos, segundo informou a Procuradoria Geral da República (PGR).

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O Exército abriu dois processos disciplinares a militares por "indícios da prática de infração disciplinar" no 127.º curso de Comandos.

Fonte do Exército disse à Lusa que os militares que foram alvo de processos disciplinares por "indícios de prática de infração" no 127.º curso de Comandos mantêm-se ao serviço e em funções no curso.

O processo de averiguações às circunstâncias da morte de dois instruendos no início do 127.º curso de Comandos, em setembro, "é de natureza secreta até à acusação", segundo o RDM, frisou o porta-voz do Exército, na resposta enviada à Lusa.

As vítimas mortais