O secretário regional dos Assuntos Sociais, Francisco Jardim Ramos, rejeitou as críticas, explicando que o projeto de nova construção teve de ser abandonado devido "à conjuntura atual" e por terem "falhado todas as tentativas para que fosse considerado um projeto de interesse comum pela República".

Mário Pereira, deputado do CDS-PP, disse que o seu partido tem "a profunda convicção que se não for feito um hospital de raiz, moderno e seguro a Madeira nunca terá a taxa de lista de espera do país".

O deputado criticou a prestação dos cuidados médicos primários à população, lembrando que há seis meses a mamografia do hospital não funciona e lamentou a perda na área de saúde de cerca de 300 colaboradores diferenciados nos últimos dois anos.

O deputado do PS Maximiano Martins criticou o Governo Regional por ter "deixado cair a construção de um novo hospital" com o argumento de falta de financiamento.

"Para um governo que desbaratou dinheiro em todas as frentes, isso é uma barbaridade", disse o parlamentar socialista.

A sua colega de bancada Carina Ferro lamentou, por seu lado, o tratamento "discriminatório" desta Secretaria Regional relativamente aos enfermeiros.

O deputado do MPT, Roberto Vieira, censurou igualmente a opção do executivo insular de ampliação do hospital, considerando que "foi deitado fora muito dinheiro em pareceres e expropriações".

Roberto Silva, deputado do PSD pelo Porto Santo, perguntou ao secretário qual a possibilidade de criação de um regime de apoio social diferenciado para os porto-santenses devido a situação de crise na ilha.

O orçamento e o plano no de investimentos da Secretaria Regional dos Assuntos Sociais para 2015 é de 866,3 milhões de euros, num orçamento regional de 1,6 mil milhões de euros.