"Sabemos que, no Brasil, onde o problema foi primeiramente detetado, existem hoje 2,1 mil casos confirmados, mas ainda há muitos outros sendo investigados. Esperamos que mais mil casos sejam descobertos", disse o diretor de Saúde Infantil da entidade, Anthony Costello, aos jornalistas, em Genebra, na Suíça.

Frisando que "o problema não irá embora no Brasil", o mesmo responsável, citado pela imprensa brasileira, lembrou que "todos os meses, entre 150 e 200 casos de microcefalia são identificados".

De acordo com o último boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, o Brasil tem 3.086 casos em investigação para a malformação ligada ao vírus Zika. A OMS alertou que as consequências do vírus Zika podem ser ainda maiores, com o desenvolvimento de novos impactos em bebés não identificados até ao momento.

As declarações surgem quatro dias depois de a OMS ter declarado o fim da emergência sanitária internacional.

Anthony Costello avisou que, apesar da declaração, continua a ser "um problema de saúde global de grande preocupação para o mundo", sendo que "69 países registaram casos de Zika nos últimos dois anos". "Estamos a falar de um vírus que causa danos neurológicos e potencialmente deficiência ao longo de toda a vida, o que representa um grande golpe para essas famílias", frisou.

Leia aindaA microcefalia faz parte da vida deles há 14 anos

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