"A epidemia de Ébola na África ocidental já não representa uma emergência de saúde pública de alcance internacional", declarou a diretora da OMS, Margaret Chan, numa conferência de imprensa em Genebra.

A epidemia de Ébola que surgiu em 2013, o mais mortal dos surtos da doença tropical, foi declarada emergência internacional em agosto de 2014 e fez, até finais de 2015, mais de 11.300 mortos, a maioria na Guiné-Conacri, na Libéria e na Costa do Marfim, em cerca de 28.000 casos registados.

Chan sublinhou que esses três países da África ocidental continuam vulneráveis a um ressurgimento do vírus, como é o caso do que se está a registar na Guiné-Conacri, onde há vários casos em observação e cinco pessoas já morreram.

O risco de alastramento internacional é agora baixo, e os países têm atualmente capacidade para responder rapidamente a novas emergências do vírus”, disse a dirigente da agência especializada das Nações Unidas para a Saúde Pública.

A responsável alertou ainda para os perigos de complacência em relação ao vírus, que continua “no ecossistema” na África ocidental, e insistiu em que a vigilância é fundamental, incluindo resposta rápida a novos casos.

“Particularmente importante será garantir que as comunidades podem rápida e totalmente participar em qualquer resposta futura e que futuros casos são rapidamente isolados e tratados”, acrescentou Margaret Chan.