Segundo fontes oficiais e da própria OMS, a jovem fora internada num hospital de Magburaka, no norte do país e já próximo da fronteira com a Guiné-Conacri, e acabou por morrer quinta-feira, depois de os testes confirmarem a doença após longas horas de suspeição.

A jovem, que se encontrava de férias com a família, morreu em casa e a sua morte foi reportada ao hospital, que acabaria por, mais tarde, confirmar as causas.

Augustine Junisa, responsável distrital de Saúde de Magburaka, disse aos jornalistas que serão efetuados mais testes ao longo do dia de hoje, que visam sobretudo avaliar se os familiares foram contaminados, e apelou à população da região, estimada em cerca de 40 mil habitantes, para que se mantenha calma.

Fim da epidemia

A confirmação surgiu horas depois de a OMS ter dado por finda a epidemia na África Ocidental, vírus que, identificado pela primeira vez há quatro décadas, afetou 28.637 pessoas e vitimou mortalmente 11.315 delas.

Iniciada em dezembro de 2013 na Guiné-Conacri, a epidemia propagou-se depois aos vizinhos Libéria e Serra Leoa, três países que concentraram 99% dos casos, bem como à Nigéria e Mali.

No comunicado de quinta-feira, a OMS admitiu, porém, que o balanço está subavaliado e advertiu que o risco persiste, dado que o vírus permanece em certos líquidos corporais de sobreviventes, nomeadamente no esperma, onde pode subsistir até nove meses.

Na quarta-feira, o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-Moon, admitiu a possibilidade de o vírus poder reaparecer "nos próximos anos", mesmo que a sua amplitude e frequência devam "diminuir" com o tempo.

A Libéria foi o primeiro país a ser declarado "livre da transmissão" de Ébola, em maio de 2015, enquanto na Serra Leoa tal aconteceu a 07 de novembro desse ano. Na Guiné-Conacri igual anúncio foi feito a 29 de dezembro.