28 de fevereiro de 2014 - 15h38
O secretário Regional dos Assuntos Sociais da Madeira assegurou hoje que as obras de recuperação e redimensionamento do hospital do Funchal vão dotar a região de um “novo hospital com tecnologia de última geração” no próximo mandato governativo.
“Tínhamos um hospital dimensionado para os anos 70 e vamos ter um hospital já construído para o século XXI”, disse Jardim Ramos aos jornalistas, após uma visita às obras em curso.
O governante realçou que o Governo Regional teve de abandonar o projeto inicial de construção de um novo hospital devido ao contexto de dificuldades económicas e financeiras, escolhendo “uma nova versão”, baseada em experiências como a do hospital de Santo António, no Porto, que, depois de ter sido destruído por um incêndio, “optou pela reconstrução e construiu uma ala nova”.
“Esta foi uma decisão que vai sair muito mais económica ao erário publico e vai dar a resposta mais cabal, segura e eficaz aos utentes que precisarem de ser assistidos num hospital terciário, bastante diferenciado”, salientou o responsável.
Jardim Ramos sublinhou que o Governo Regional decidiu “não adiar” esta intervenção e, com base nas “boas experiências e práticas” desenvolvidas em hospitais nacionais e europeus, desencadeou o processo para dotar a Madeira de “um hospital novo, com toda a tecnologia de última geração”.
“Podem os madeirenses ficar seguros de que terão resposta tecnológica e humana para as situações que forem necessárias”, realçou.
Entre outros aspetos, o governante apontou que o projeto inclui a duplicação da área do serviço de urgência geral, ficando o hospital dotado de uma unidade de esterilização com equipamento de ponta para dar resposta à ampliação dos blocos operatório cirúrgico e de ambulatório, todos os serviços estarão interligado em termos informáticos e haverá melhores instalações para os serviços de hemodiálise, pediatria, consultas.

Projetada está, ainda, a construção de uma nova ala, em fase de afetação dos terrenos necessários, um processo que decorre na dependência da Vice-presidência do executivo madeirense.
Jardim Ramos escusou-se a revelar o valor total do investimento, apenas referindo que “neste momento as obras estão a ser custeadas com verbas do orçamento próprio do Serviço Regional de Saúde e sairá muito mais barato do que o valor de construção de um hospital de raiz e a opção fosse implodir o atual hospital”.
Fonte hospitalar, no entanto, disse à agência Lusa que o valor total estimado dos trabalhos ronda os 100 milhões de euros.
Quanto ao prazo para a conclusão das obras, o governante disse que acontecerá “no próximo mandato”.
O secretário admitiu que se registou uma situação de ruturas de material no hospital do Funchal, explicando que este constrangimento se verificou devido à aplicação de uma portaria do Governo da República que obrigava a “comprimir 15 por cento” o valor dos concursos para aquisições.
“Nenhum fornecedor iria comprimir. Muitos concursos ficaram desertos”, mencionou, observando que uma portaria posterior do executivo madeirense veio permitir que, nos casos de não haver concorrentes, se realizasse um segundo concurso sem observar aquela exigência, o que acabou por resolver a situação.
Jardim Ramos concluiu: “hoje, penso que nenhum profissional de saúde ou utente pode dizer que tem falta de qualquer produto, seja tratamento, seja para conforto” no hospital do Funchal.
Lusa