1 de novembro de 2013 - 15h08
O índice de obesidade central – gordura acumulada na zona abdominal – pode servir de indicador de disfunção eréctil, demonstra o mais recente trabalho da equipa de investigação de Urologia da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP), publicado na revista científica Aging Malel.
Intitulado "The influence of different metabolic syndrome definitions in predicting vasculogenic erectile dysfunction: is there a role for the index of central obesity?", este trabalho, realizado pelo investigador Hugo Carvalho e liderado pelo urologista Nuno Tomada, avaliou 485 pacientes com disfunção eréctil, seguidos na consulta de Urologia de um hospital central, entre 2008 e 2012.
De acordo com os autores, o estudo permitiu "analisar a capacidade do índice de obesidade central, quociente da circunferência da cintura sobre a altura, em prever a deficiência hemodinâmica peniana em pacientes com disfunção eréctil".
Os resultados revelaram que o índice de obesidade central tem potencial para prognosticar alterações na circulação sanguínea no pénis, isolado ou incorporado nas mais comuns definições da síndrome metabólica.

Disfunção eréctil afeta 13 por cento da população masculina
O estudo evidenciou também a necessidade de mais estudos antropométricos para encontrar valores de rastreio consensuais para este índice. 
Com uma prevalência global de cerca de 13% em Portugal, a disfunção eréctil é "a incapacidade constante ou recorrente (pelo menos três meses) de obter e/ou manter uma erecção que permita uma actividade sexual satisfatória. Este problema pode atingir os homens de qualquer idade, tornando-se mais frequente com o avançar da idade.  
Além de Hugo Carvalho e Nuno Tomada, colaboraram neste trabalho os investigadores Inês Campos Costa e Francisco Botelho.
SAPO Saúde