O nome científico deste sapo, colorido e do tamanho de uma bola de ténis, é Hydrophylax bahuvistara, segundo o artigo publicado na revista científica Immunity.

"Sapos diferentes produzem peptídeos (cadeias de aminoácidos) diferentes, dependendo de onde é o seu habitat", disse o especialista em gripe e coautor do estudo Joshy Jacob, da Universidade Emory, ressaltando que os humanos também produzem proteínas defensoras do organismo.

"É um mediador imune natural inato presente em todos os organismos vivos. Acabámos de encontrar um produzido por um sapo que por acaso é eficaz contra o tipo de gripe H1", acrescentou.

Como obtiveram essa conclusão?

Os investigadores deram pequenos choques elétricos nos sapos para estimular a secreção dos seus peptídeos de defesa, que parecem combater a estirpe H1 do vírus da gripe e recolheram essa substância.

O peptídeo antiviral foi batizado de "urumin", em referência a uma espada parecida com um chicote usada no sul da Índia há séculos, lê-se no estudo.

O urumin não é tóxico para mamíferos, mas "parece perturbar a integridade do vírus da gripe", aponta.

Quando os investigadores espremeram um pouco de urumin nos narizes de ratos de laboratório, o peptídeo protegeu-os contra o que teria sido uma dose letal do vírus da gripe H1, o tipo responsável pela pandemia de gripe suína de 2009.

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