Mostrar que o cancro não é o fim, que pode ser superado e que cada vez mais é uma doença prevenível e curável são os objetivos da campanha de sensibilização lançada hoje, Dia Mundial da Luta Contra o Cancro pela Sociedade Portuguesa de Oncologia. Intitulada «As Faces do Cancro», a iniciativa centra-se num vídeo onde são mostradas histórias de quem vive com cancro, de familiares e de profissionais de saúde que dão a conhecer particularidades da sua vida, mostrando que é possível ter uma vida tão normal quanto possível para além do cancro.

«Gosto do meu corpo, do meu peito, do que ele representa», sintetiza Alexandra Silva, sobrevivente de cancro da mama. «Aqui os riscos são diferentes (…) mas é assim. A vida é um risco», diz Paula Rodrigues, enfermeira no IPO de Lisboa, comparando a sua profissão no instituto com a função de diretora num clube de patinagem artística. Estas são duas das faces apresentadas na primeira pessoa e em discurso direto.

O cancro é uma doença que surge com a própria evolução da espécie. «Já atinge uma em cada três pessoas e espera-se que atinja metade da população a meio do século. Anualmente são diagnosticados 40.000 a 45.000 novos casos no país. Entre 20.000 a 25.000 morrem de doença oncológica, a segunda causa de morte em Portugal, depois das doenças cardiovasculares», refere a Sociedade Portuguesa de Oncologia.

«O envelhecimento da população, bem como as alterações dos estilos de vida são apontados como os responsáveis por este cenário», acrescenta o organismo. Tendo estes fatores em mente, «As Faces do Cancro» pretendem incitar a sociedade portuguesa a mudar hábitos e comportamentos. Esta campanha, que assenta também no site www.asfacesdocancro.pt, conta com o apoio da Janssen, companhia farmacêutica do grupo Johnson & Johnson.