Os dados constam do relatório “Factos e Números da Diabetes do Observatório Nacional de 2014”, a ser apresentado esta terça-feira, que dá conta de que o número de pessoas rastreadas para a retinopatia diabética no âmbito dos programas de rastreio passou de 115.284 para 95.535, entre 2013 e 2014, o que significa que estes rastreios atingiram apenas 13% dos diabéticos registados nos cuidados de saúde primários do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

No entanto, o número de pessoas com diabetes abrangidas pelos Programas de Rastreio da Retinopatia Diabética tem vindo a subir desde 2009, registando um aumento de 223% nestes anos.

Esta tendência verificada com o rastreio à retinopatia diabética é igualmente visível no número de pessoas identificadas para tratamento.

Em sentido contrário, o relatório regista um aumento da avaliação do “pé diabético”, outra das complicações da doença, e uma diminuição das amputações.

Em 2014, o número total de amputações dos membros inferiores, por diabetes, registou uma “quebra significativa”, que se encontra associada à diminuição das amputações major, “apresentando o valor mais baixo desde que existe informação disponibilizada” (ano 2000).

Segundo o relatório, o número total de amputações baixou de 1.782 em 2005 para 1.385 (menos 397), sendo que, no mesmo período, as amputações major caíram das 958 para 560 (menos 42%).

Em termos de internamentos hospitalares por “pé diabético”, o documento indica que em 2014 houve um decréscimo de 141 episódios, comparativamente com o ano anterior.