Um desses equipamentos será gerido pelo Centro Social de Canelas e Espiunca, e o outro pelo Centro Social de Chave. Ambos começaram a construir as respetivas estruturas residenciais para idosos há vários anos, mas viram as empreitadas interrompidas devido a questões de financiamento.

Custódio Pinho, o presidente do Centro Social da União de Freguesias de Canelas e Espiunca, admite que a obra "era mais urgente em 2008, porque quando o lar começou a ser feito não havia vagas por perto", mas reconhece também que, após um interregno de cinco anos devido a "falta de verbas", a conclusão do edifício tem agora maior significado coletivo. "A obra custou cerca de 1,3 milhões e recebemos menos de 400.000 euros do PARES [Programa de Alargamento da Rede de Equipamentos Sociais]. Portanto, para o restante, tivemos de fazer um peditório nas nossas duas freguesias e recorrermos também a um empréstimo à banca", conta o responsável à Lusa. "Há aqui contributo de muita gente", realça.

Quanto à procura, já não será tão intensa quanto em 2008, mas "as camas continuam sempre a fazer muita falta", pelo que, das 15 disponíveis, o lar já tem reservadas 10. "Isto significa que os habitantes aqui da zona agora já têm mais hipóteses de ficar perto de casa, quando antes chegaram a ter que ir para sítios como Vila Real, que ficavam a muita distância das suas famílias", explica Custódio Pinho.

O novo equipamento de Canelas e Espiunca integra também centro de dia e apoio domiciliário, mas essas valências começam a funcionar apenas a 2 de dezembro, sendo que cada uma terá capacidade para apoiar 30 pessoas.

Isso representa um universo total de 75 novos utentes, pelo que o Centro Social criou 13 novos postos de trabalho para o efeito e, quando todos os serviços estiverem a funcionar em pleno, deverá ter reforçado essa equipa com mais cinco a sete profissionais.

Já em Chave, o novo lar também começou a ser construído em 2009, mas a interrupção nas obras deveu-se à insolvência do empreiteiro. No total, o investimento acabou assim por custar 1,1 milhões de euros, no que o PARES contribuiu com cerca de 500.000.

Com uma oferta de 30 camas, o novo equipamento só começa a funcionar a 26 de dezembro, mas já tem quatro utentes em espera. Postos de trabalho, por enquanto, só foram criados quatro, mas, quando em pleno funcionamento, o edifício deverá contar com 17 profissionais ao serviço. "Temos pedidos de todo o lado", declara Rui Brandão, que preside ao Centro Social de Chave. "Uns são de S. João da Madeira, Feira e Oliveira de Azeméis, mas também há inscritos de Ovar, Albergaria-a-Velha e até Águeda", revela.