O envelhecimento, a obesidade e algumas doenças, como o cancro, provocam alterações no corpo da mulher, que afetam de uma forma muito particular a zona genital. Durante anos, estes problemas foram encarados como uma inevitabilidade, mas os avanços da ciência dão uma nova esperança a estas mulheres.

A Clínica Biscaia Fraga, em Lisboa, desenvolveu uma técnica inovadora a nível mundial que, apesar de estar ainda a dar os primeiros passos, revela resultados promissores. Sem cirurgia, é possível tratar várias patologias na região vulvar e vaginal: “No caso da região vulvar, melhora a textura da pele, dá firmeza, promove a estimulação do clítoris. No caso da região vaginal, este procedimento regenera a mucosa vaginal em mulheres que sofrem com secura e irritação”, explica a médica Isabel Hermenegildo.

Esta técnica permite também diminuir o volume da zona púbica, destruindo a gordura dos depósitos que ali se vão instalando com o aumento da idade. No pós-parto e depois da menopausa, pode dar também um contributo decisivo, travando a flacidez dos tecidos, melhorando a auto estima da mulher e devolvendo-lhe uma vida sexual saudável e em pleno.

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Este novo procedimento baseia-se no recurso a um equipamento de carboxiterapia, muito utilizado para combater a celulite e flacidez, reduzir as estrias e melhorar o aspeto das cicatrizes, bem como para promover o rejuvenescimento, no rosto, por exemplo, já que promove a produção de colagénio.

De uma forma simples, esta técnica consiste na aplicação de dióxido de carbono aquecido na derme ou na região subcutânea através de uma agulha muito fina. Como o organismo se apercebe que está a receber quantidades anormais de dióxido de carbono naquela zona, reage produzindo mais oxigénio. Ou seja, procura-se construir uma nova árvore vascular naquela zona que vai rejuvenescer os tecidos. É o chamado efeito de Bohre.

Tratamento sem dor

A grande vantagem deste tratamento é a sua ampla aplicação: “Pode ser realizado em mulheres no pós menopausa, em situações de tumores e até em jovens com 16 anos que têm problemas”, esclarece a especialista, garantindo que “o tratamento não é doloroso e dura apenas 30 minutos, sem qualquer limitação para a vida da paciente”.

Seja por razões estéticas ou funcionais, o certo é que o rejuvenescimento íntimo feminino é das intervenções mais procuradas nos Estados Unidos e no Brasil, de acordo com um relatório da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética.

Para inverter a flacidez moderada das paredes vaginais e da musculatura perineal, por exemplo, cirurgião plástico Biscaia Fraga recorre aos Fatores de Crescimento: “É utilizado o tecido adiposo da paciente, que se vai buscar, na maioria dos casos, à zona abdominal, ao qual se associam os fatores plasmáticos de crescimento, a partir do seu sangue. Depois de enriquecido, o tecido adiposo é aplicado por detrás das paredes vaginais, dando-lhes firmeza”. Esta técnica revitaliza e regenera as paredes, por um lado, e reduz o canal vaginal na sua amplitude, por outro.