28 de outubro de 2013 - 11h40
Um novo teste rápido de deteção da tuberculose permite melhorar o diagnóstico da doença e a definição de um tratamento precoce, segundo um estudo publicado hoje na revista britânica de medicina The Lancet.
Intitulado Xpert MTB/RIF, o novo teste permite detetar o bacilo de Koch, a bactéria responsável pela tuberculose, em menos de duas horas, por oposição às várias semanas do método tradicional, que combina a observação microscópica da saliva com uma radiografia ao tórax.
Como este teste também permite detetar, ao mesmo tempo, a resistência à Rifampicina, o principal tratamento antituberculoso atual, recebeu luz verde da Organização Mundial de Saúde (OMS) em 2011 para testar os pacientes seropositivos ou suscetíveis de desenvolver uma tuberculose resistente.
Investigadores da Universidade do Cabo, na África do Sul, fizeram testes a 1.400 pessoas para verificar a eficácia do novo método contra o método tradicional, descobrindo que atinge 83 por cento no primeiro, e 50 por cento no segundo.
Também permitiu iniciar o tratamento mais rapidamente e reduzir o número de pacientes que o abandonam.
Os investigadores sul-africanos consideram, no entanto, que este teste, por envolver um robot sofisticado e caro, não será forçosamente a melhor solução para todos os países.
Um milhar de robots GeneXpert - desenvolvidos por um laboratório norte-americano com o apoio financeiro de associações - já se encontra operacional em todo o mundo, segundo a Associação Médicos Sem Fronteiras, que ajudou a introduzi-los em vários países africanos e asiáticos.
SAPO Saúde