Cerca de 0,7% da população portuguesa sofre de hipercolesterolemia de origem genética. Também conhecida como hipercolesterolemia familiar, verifica-se quando o portador da doença apresenta valores de colesterol total acima de 290 mg/dl e colesterol LDL acima de 190 mg/dl. Anunciado no congresso da Sociedade Europeia de Cardiologia, em Barcelona, no início de Setembro deste ano, um novo fármaco com a molécula Alirocumab mostrou ser eficaz contra o colesterol LDL, o chamado mau colesterol.

Este produto, da classe dos anticorpos monoclonais, assume-se como uma alternativa para pessoas que não respondem aos medicamentos já aprovados, à base de estatinas. O novo tratamento destina-se, sobretudo, a quem sofre de uma alteração genética denominada hipercolesterolemia familiar, que as torna incapazes de controlar os níveis de colesterol com a terapêutica atualmente disponível.

Agora que estão terminados os ensaios clínicos de fase III, as farmacêuticas Sanofi e Regeneron, responsáveis pelo desenvolvimento do Alirocumab, vão submeter a molécula a aprovação nos EUA e na Europa. Só depois da validação pelas autoridades que regulam o sector farmacêutico em cada um dos continentes é que o novo medicamento poderá chegar ao mercado, o que não deverá acontecer antes de 2015.