Acaba de chegar a Portugal um tratamento inovador que promete tratar alguns dos sintomas mais indesejáveis relacionados com a atrofia vaginal, uma condição muito comum na fase da menopausa, mas que pode verificar-se em mulheres mais jovens, como consequência da falta de estrogénio, da radioterapia ou do pós-parto. «O método designado por MonaLisa Touch visa restaurar as condições tróficas da região vulvo vaginal, graças à ação de um sistema especial de laser CO2 fracionado, específico para a parede vaginal», explica em comunicado a empresa Lasercare.

Os resultados conhecidos são bastante animadores. «Logo na primeira sessão, as pacientes referem ter mais hidratação e menos dor durante a relação sexual», garante a empresa, que detém o exclusivo da comercialização do equipamento em Portugal. «O dispositivo previne e resolve os efeitos da redução do estrogénio nos tecidos vaginais, reativando a produção de novo colagénio e restabelecendo as condições da mucosa vaginal características da idade fértil», refere o documento.

A atrofia vaginal é um problema funcional com um impacto direto sobre a qualidade de vida da mulher e pode caracterizar-se por secura vaginal, irritação da mucosa, prurido, dispareunia (ardor no ato sexual), flacidez da mucosa vaginal e incontinência urinária. Queixas que, na maioria dos casos, são encaradas como consequência do envelhecimento natural. «Este tratamento revolucionário dá uma resposta não cirúrgica e não farmacológica eficaz, simples e indolor às mulheres», garante a empresa.

Menos desconfortável do que o exame de Papanicolau

O aparelho, patenteado pela marca italiana Deka, consegue recuperar a elasticidade, a espessura e a humidade da vagina ao estimular a produção de colagénio. «Uma sessão tem a duração de apenas cerca de cinco minutos e, dependendo dos casos, em média, é repetida por mais três vezes, mensalmente», refere a Lasercare. De acordo com uma paciente de 60 anos que já experimentou, «o tratamento não é incómodo, é rápido e menos desconfortável do que o exame vulgarmente chamado de Papanicolau».

«Passei a sentir mais prazer durante as relações sexuais, o que fez aumentar a minha autoestima», assegura. «Antes, era doloroso, incomodava, tinha deixado de ser agradável», acrescenta ainda a mesma paciente. Segundo vários estudos internacionais, a atrofia vaginal atinge cerca de 40% das mulheres na menopausa mas, em média, consoante os países, apenas entre 20% a 25% procura tratamento especializado para o problema.