Em entrevista à agência Lusa, o presidente do Conselho de Administração (CA) do CHVNG/E, Silvério Cordeiro, destacou que "a qualidade dos serviços" prestados por este centro hospitalar é "reconhecida" mas – disse - "era notória a necessidade de proceder a uma forte e significativa intervenção" nas instalações.

"A procura dos nossos serviços nas patologias cardíacas e pulmonares, a capacidade de resposta do nosso ambulatório médico e cirúrgico são apenas alguns exemplos da nossa excelência clínica", afirmou Silvério Cordeiro, recordando que as obras agora em curso, "muito importantes", foram "adiadas ao longo dos anos".

O CHVNG/E soma cerca de 450.000 consultas externas e atende mais de 180.000 doentes/ano no serviço de urgência, prestando assistência a cerca de 700.000 habitantes. Estão em primeira linha as populações dos concelhos de Vila Nova de Gaia e de Espinho, com cerca de 344 mil habitantes, mas a este equipamento também recorrem mais cerca de 350 mil habitantes da área de referenciação indireta.

Silvério Cordeiro descreveu as etapas do Plano de Reabilitação Integrada (PRI) do CHVNG/E que teve início com a materialização da fase "A", orçada em 13 milhões de euros, sete dos quais oriundos do ON.2 - O Novo Norte.

A expectativa é de que esta primeira fase fique concluída em outubro e inclui-se a aquisição de dois TAC (equipamentos de Tomografia Axial Computadorizada), um mamógrafo e um raio-X, bem como a construção de um edifício novo que faz a ligação com os já existentes, nomeadamente os pavilhões central, masculino e satélite.

Desta forma o CHVNG/E evita a circulação exterior de doentes, pessoal, equipamentos, medicamentos e alimentação, algo que não era possível até aqui.

"Veja-se, por exemplo, o caso dos doentes que são operados num edifício, são transportados de ambulância para o internamento noutro edifício e sempre que necessitam de apoio de imagiologia são novamente transportados em ambulância para a realização desses exames regressando posteriormente ao internamento", descreveu Silvério Cordeiro.

O presidente do CA do CHVNG/E destacou, também, a conclusão do Serviço de Imagiologia, dotando, assim, o hospital de novos equipamentos que, frisou o responsável, "garantem uma melhor resposta diagnóstica e uma maior internalização de exames complementares de diagnóstico".

As obras em curso estendem-se ao longo de cerca de 30.000 metros quadrados, o que obriga os profissionais do hospital - cerca de 3.200 - a "conviverem" com o estaleiro enquanto trabalham, algo que a Silvério Cordeiro mereceu uma mensagem de agradecimento.

"Para além do exigente trabalho que desenvolvem, têm sabido conviver com enorme profissionalismo com os constrangimentos inerentes à execução das obras", disse.

Estas declarações foram proferidas no dia em que o secretário de Estado da Saúde, Manuel Teixeira, visitou o CHVNG/E para anunciar que a tutela vai aumentar em 5,3 milhões de euros o capital desta instituição, uma verba que se somará a seis milhões provenientes do Portugal 2020, bem como a fundos próprios deste centro hospitalar e permitirá o arranque da segunda fase de obras, num total a rondar os 14/15 milhões.

Sobre a importância da etapa B da empreitada, Cordeiro vincou que esta garante "a operacionalidade do edifício e a obtenção de ganhos em eficiência e eficácia".

Em causa está a construção de um novo Serviço de Urgência Geral e a Unidade de Emergência Médica", serviços relacionados com cuidados intermédios e intensivos, uma Unidade de Cuidados Intermédios de Medicina, uma Unidade de AVC e a Gastroenterologia, a Broncologia.