28 de maio de 2013 - 15h42
A primeira vítima em França de um vírus semelhante ao da Síndroma Respiratória Aguda Severa (SRAS), possivelmente contraído no Dubai, morreu, disseram hoje responsáveis sanitários franceses.
"O primeiro doente morreu", disse um porta-voz da Direção-Geral de Saúde, em referência a um homem de 65 anos, hospitalizado a 23 de abril.
Um outro homem, que partilhou o quarto hospitalar com a vítima durante três dias, é portador do vírus nCoV-EMC, ou Coronavírus da Síndroma Respiratória do Médio Oriente (MERS), um "primo" da SARS, que causou pânico mundial em 2003 e 800 mortos.
O segundo homem, na casa dos 50 anos, foi hospitalizado a 09 de maio, em Lille (norte).
O novo vírus matou 19 pessoas. Como a SRAS, causa uma infeção nos pulmões, e os doentes apresentam sintomas como febre, tosse e dificuldades respiratórias. A diferença, relativamente à SRAS, é que causa também falência renal.
Há 44 casos confirmados laboratorialmente, em todo o mundo, de MERS.
A Arábia Saudita é o país com mais casos, com 30 infeções confirmadas e 17 mortes. Foram detetados doentes na Jordânia, Qatar, Tunísia, Emirados Árabes Unidos, Alemanha, Reino Unido e França.
Cientistas no centro médico Eramus em Roterdão determinaram que o vírus escolhe os pulmões para desenvolver a infeção e sugeriram que os morcegos são um reservatório natural de coronavírus.
Os morcegos também foram apontados como um reservatório natural para o vírus da SRAS num estudo de 2005 e são transmissores do Ébola.
Na sexta-feira, a Organização Mundial de Saúde (OMS) sublinhou que são desconhecidos muitos dados sobre a MERS e que pretende trabalhar em conjunto com a Arábia Saudita, a Tunísia e talvez outros países do Médio Oriente para determinar o nível de risco.
Lusa