Segundo o coordenador da unidade, Joaquim Murta, os doentes vão ser tratados no CHUC "com a mesma qualidade com que se trata em qualquer centro de referência no estrangeiro".

"Estamos a tratar desde há um ano e meio este tipo de patologia e o centro vai permitir que todos os doentes sejam tratados com as tecnologias mais avançadas nesta área", sublinhou o médico.

De acordo com o coordenador, o centro de referência onco-oftalmológica do CHUC já tinha protocolos de colaboração com universidades europeias, americanas e canadianas, ainda antes da criação da rede europeia de centros de referência.

O cirurgião Manuel Antunes, responsável pelo centro de transplante de coração, também único no país [entre quatro concorrentes], salientou que, na última década, a sua unidade de cirurgia cardiotorácica realizou 60% dos transplantes nacionais.

"Um dos requisitos para sermos centro de referência é fazermos 20 transplantes por ano, que é internacionalmente aceite para se adquirir experiência própria, e nós desde que começámos temos feito 25 por ano", frisou.

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Salientando que não é fácil ultrapassar os 25 transplantes por ano, devido à existência de menos dadores, Manuel Antunes disse que a sua unidade vai trabalhar "no sentido de afirmar a atividade e mantê-la ao mais alto nível possível".

O presidente do conselho de administração do CHUC apresentou hoje os 14 centros de referência da instituição e disse que, agora, os portugueses "ficam detentores da identificação dos hospitais que se apresentam como aqueles nos quais cada patologia específica é tratada com melhores resultados".

"Somos o hospital do país com maior número de centros de referência e isso dá-nos uma vontade enorme de continuar e de fazermos tudo pelo melhor", referiu Martins Nunes, numa sessão que contou também com a presença do presidente da Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC).

Aos centros de referência em transplantes de coração, onco-oftalmologia e transplantação hepática pediátrica, únicos em Portugal, juntam-se os centros de referência em cardiologia de intervenção estrutural, cardiopatias congénitas, doenças hereditárias do metabolismo, epilepsia refratária, cancro do esófago, cancro do testículo, cancro do reto, sarcomas das partes moles e ósseos, cancro hepatobilio/pancreático, oncologia pediátrica e transplante rim adultos.