9 de dezembro de 2013 - 10h24

Há quinze anos, um doente idoso inglês foi diagnosticado com uma rara doença muscular que gradualmente roubou a sua força nas coxas, condição que só agora chama a atenção das empresas farmacêuticas.

A miosite esporádica por corpos de inclusão (s-IBM) é reconhecida hoje como a doença muscular mais comum depois dos 50 anos, mas as causas exatas continuam por descrobrir e ainda não há medicamentos aprovados para o tratamento.

Mesmo que a doença não afete mais de 71 pessoas num milhão, a farmacêutica suíça Novartis está a desenvolver um tratamento que estimula o crescimento de músculos nos pacientes, avança a agência de notícias Reuters.

A empresa aposta que a droga conhecida como Bimagrumap, desenvolvida pela companhia alemã de biotecnologia MorphoSys, possa ajudar a combater a perda de músculos associada a condições como cancro e doença no fígado, que afetam milhões de pessoas.

Crescimento de 5%

A Novartis recentemente completou um estudo que apontou o crescimento do volume de músculo em cinco por cento após oito semanas, o que disparou os alarmes da Agência Mundial Antidoping (WADA).

O chefe de desenvolvimento da Novartis, Tim Wright, minimizou o risco de que atletas poderiam usar o medicamento como uma maneira rápida para incrementar sua massa muscular.

"Nós já desenvolvemos um estudo muito sensível sobre a questão e estamos em comunicação com a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a WADA", garantiu o chefe à Reuters.

SAPO Saúde com agências