A inovação é da responsabilidade da farmacêutica Vaxil BioTherapeutics, sediada em Israel, que há mais de uma década tem trabalhado na vacina já testada em pacientes com mieloma múltiplo, um cancro com origem nas células plasmáticas, e com cancro da mama.

Numa entrevista ao jornal online israelita "NoCamels", Julian Levy, diretor executivo da Vaxil, revelou que a companhia "está a trabalhar num fármaco capaz de evitar que o cancro regresse" ao organismo dos pacientes.

Segundo Levy, os investigadores estão "a tentar aproveitar o poder natural do sistema imunitário para combater o cancro fazendo-o identificar as células cancerígenas, destruindo-as", garante.

A ImMucin não é uma substituta para os tratamentos convencionais utilizados nas doenças oncológicas, nomeadamente a quimioterapia e a radioterapia.

Ao contrário das vacinas tradicionais, a ImMucin destina-se a ser administrada a pessoas que "já estão doentes", mas precisa de um organismo "relativamente saudável" para funcionar, pelo que não deverá ser eficaz em situações em que a doença esteja em estado avançado. A ideia é evitar a propagação ou a recidiva da doença.

A vacina estimula uma parte específica do sistema imunitário e ensina-o a atacar as "células-más" que reconhece como cancerígenas.