Segundo a OMS, a epidemia está a afetar uma zona de floresta equatorial na província do Baixo-Uélé, que faz fronteira com a República Centro Africana. A região afetada chama-se Likati.

A última epidemia do vírus Ébola na República Democrática do Congo remonta a 2014, tendo causado, oficialmente, 49 mortos. Numa declaração à televisão pública congolesa, o ministro da Saúde, Oly Ilunga, confirmou a epidemia, mas apelou à população para que esta "não entre em pânico".

A RDC, disse o ministro, "acaba de adotar todas as medidas úteis para lidar rápida e eficazmente com esta nova epidemia do vírus Ébola". O Instituto Nacional de Investigação Biomédica - o laboratório nacional da RDC - examinou cinco amostras de pessoas suspeitas de ter contraído o vírus do Ébola. Uma delas deu positivo, pelo que foi declarada a epidemia do vírus na zona.

Ilunga disse que pediu a colaboração da OMS para responder de forma rápida e eficaz à epidemia. Oficialmente, as autoridades congolesas registaram nove casos de Ébola e três mortos, o que implica uma taxa oficial de mortalidade de 33%.

Já a OMS indicou que está a "trabalhar em estreita colaboração" com as autoridades congolesas "para facilitar a disponibilização de materiais de proteção e de pessoal no terreno, para reforçar a vigilância epidemiológica e controlar muito rapidamente esta epidemia".

O surto de Ébola foi declarado numa zona de muito difícil acesso, indicou a organização. As primeiras equipas de especialistas, que incluem biólogos, especialistas em mobilidade social, em água, higiene e saneamento, entre outros, chegam entre hoje e amanhã a Litaki.

O objetivo é o de iniciar o trabalho de seguimento das pessoas que tiveram contacto com os casos suspeitos, para tentar conter o vírus dentro de um espaço geográfico delimitado.

Esta é a oitava epidemia de Ébola na RDC desde 1976.

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