Um comunicado da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC) afirma que, segundo dados registados na sua estação de Fornelo do Monte, no concelho de Vouzela (distrito de Viseu), a na medição da qualidade do ar foi ultrapassado o valor da concentração de ozono de 180 microgramas por metro cúbico, estabelecido como limiar de informação obrigatória ao público.

Entre as 18h00 e as 20h00 foram registadas, naquela estação, concentrações médias horárias de 293 e de 274, na primeira e segunda daquelas duas horas, respetivamente. Depois, entre as 20h00 e as 21h00, foi registada, ainda na estação de Fornelo do Monte, a concentração média horária de 192 microgramas de ozono por metro cúbico, refere um segundo comunicado da CCDRCC.

Durante a tarde o valor de concentração de ozono alcançou ali os 260 microgramas por metro cúbico de ar entre as 17h00 e as 18h00, depois de, entre as 13h00 e as 17h00, a mesma estação de medição de poluição atmosférica por ozono ter observado valores que variaram entre os 192 e os 202 microgramas por metro cúbico.

A concentração de ozono no ar ultrapassou também, nos concelhos da Chamusca e do Barreiro, os níveis a partir dos quais pode afetar a saúde, especialmente dos grupos populacionais mais sensíveis, informaram as autoridades.

Numa nota, a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo (CCDR-LVT) informou que, segundo dados registados das suas estações de medição da qualidade do ar, foi ultrapassado nos dois concelhos o valor da concentração de ozono de 180 microgramas por metro cúbico.

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No concelho da Chamusca (distrito de Santarém), os níveis de ozono atingiram os 197 microgramas por metro cúbico, entre as 14h00 e as 15h00. Em Escavadeira, no concelho do Barreiro (distrito de Setúbal), os níveis registados entre as 14h00 e as 15h00 foram de 181 microgramas de ozono por metro cúbico.

A CCDRC alerta para o facto de os valores de concentração registados poderem “provocar danos na saúde humana, especialmente nos grupos mais sensíveis da população (crianças, idosos, asmáticos, alérgicos e indivíduos com outras doenças respiratórias ou cardíacas)".

"A exposição a este poluente afeta, essencialmente, as mucosas oculares e respiratórias podendo o seu efeito manifestar-se através de sintomas como tosse, dores de cabeça, dores no peito, falta de ar e irritações oculares", informa.

A CCDRC recomenda que os residentes nos locais afetados "reduzam ao mínimo" a atividade física intensa no exterior "sobretudo ao ar livre" e evitem outros fatores de risco, "tais como fumar ou utilizar/contactar com produtos irritantes contendo solventes na sua composição", como gasolina, tintas e vernizes. As pessoas devem respeitar "rigorosamente tratamentos médicos em curso" e recorrer a cuidados médicos "em caso de agravamento de eventuais sintomas", adverte ainda a CCDRC.

Com Lusa