O bebé nasceu de cesariana e está estável, garante o El País, citando o serviço de neonatologia do hospital Vall d'Hebron.

A informação, avançada pela agência de notícias EFE e por outros meios catalães, dá conta que este é o primeiro caso de uma criança nascida com malformações causadas por este vírus na Europa.

A mãe foi infetada durante uma viagem à América Latina e informada da malformação do feto às 20 semanas. Mesmo assim, os pais da criança decidiram avançar com a gravidez. A identidade e nacionalidade da mulher não foram divulgadas.

O médico afirmou que o bebé, cujo sexo não foi revelado, não precisou de nenhuma reanimação específica, mas nasceu com um perímetro craniano menor do que os normais 33,5 a 34 centímetros.

A microcefalia é uma condição neurológica em que um bebé nasce com um perímetro de cabeça mais reduzido do que o normal. O problema congénito pode desencadear deficiências profundas e atrasos no desenvolvimento mental.

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O grau da malformação craniana ainda vai ser medido. "A microcefalia é uma tradução de um cérebro que não cresceu, de modo que não vai funcionar bem e provavelmente terá uma vida muito dependente dos cuidados de saúde pública", disse o especialista.

Uma mulher eslovena, que estava grávida de um bebé com microcefalia provocada pelo Zika, decidiu abortar. Cinco das 21 mulheres grávidas da Catalunha, infetadas com Zika, já deram à luz, mas os bebés nasceram saudáveis. O casos de Zika confirmados em Espanha subiu para 190, dos que 26 são mulheres que estavam grávidas no momento do diagnóstico, segundo dados do Ministério da Saúde espanhol, citados pela agência de notícias EFE.

Um estudo publicado esta segunda-feira (25.07) avança que mais de 1,6 milhões de grávidas poderão ser infetadas com o Zika na América Central e do Sul.