"Limpar os mares" é o nome da campanha que foi apresentada esta quinta-feira na Cimeira Mundial dos Oceanos, que decorre até quinta-feira em Bali, na Indonésia, segundo um comunicado da organização.

Entre as medidas sugeridas estão reduzir o plástico nas embalagens e mudanças de hábitos dos consumidores, para que até 2020 sejam eliminadas as maiores fontes de plástico deitado ao mar: os microplásticos nos cosméticos e as embalagens descartáveis.

Nove países já se juntaram à campanha, como a Indonésia, que desde 2015 se comprometeu a reduzir em 70% o plástico lançado ao mar, o Uruguai, que vai taxar os sacos de plástico.

Empresas reciclam plástico do mar

A empresa informática Dell também afirmou que vai usar plástico recolhido no mar ao largo do Haiti para reciclar e usar nos seus produtos.

A ONU afirma que 80% do lixo nos oceanos é plástico e causa estragos nos ecossistemas que custariam oito mil milhões de dólares para resolver.

Ao ritmo a que aumentam os resíduos como garrafas, sacos ou copos de plástico, estima-se que em 2050 haja mais plástico do que peixes nos oceanos.

Estima-se que, atualmente, mais de 150 milhões de toneladas de plástico estejam a poluir os oceanos. De acordo com um estudo da Fundação Ellen MacArthur, em parceira com a consultoria McKinsey, em 2014, a proporção de toneladas de lixo para peixe era de um para cinco. Caso não se altere a tendência, em 2025, será de um para três.

Pelo menos 8 milhões de toneladas de plástico vão parar todos os anos aos oceanos, o mesmo que um camião de lixo por minuto, lê-se no relatório.

O estudo refere que a economia perde 95% das embalagens de plástico após a primeira utilização, num valor estimado de 80 a 120 mil milhões de dólares.

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