"A mortalidade 'por todas as causas' [está] acima do esperado", refere a nota que acompanha o Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe, divulgado pelo Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA), que acrescenta o "início provável do período de decréscimo".

Até à quarta semana deste ano, foram analisados 512 casos de síndroma gripal, segundo o boletim.

O INSA aponta que "este excesso de óbitos foi observado apenas na população com 75 ou mais anos de idade e em todas as regiões do Continente, com exceção do Algarve e das regiões autónomas".

"O aumento dos óbitos observado não pode ser atribuído a nenhuma causa específica, podendo, no entanto, estar associado ao frio extremo, ao aumento da incidência das infeções respiratórias agudas e ao início da atividade gripal", explica a informação.

A incidência do síndroma gripal situou-se nos 148 casos por cada 100 mil habitantes, na semana entre 19 e 25 de janeiro, sendo 31% dos casos detetados pertencente ao vírus A(H3), grupo genético que inclui estirpes diferentes daquelas que constam nas vacinas administradas.

A informação especifica ainda que o vírus 'influenza' do tipo B foi detetado em 64% dos casos de gripe naquela semana, continuando a ser o dominante.

Na Europa, segundo a nota, foi igualmente observado um excesso de mortalidade, em Inglaterra, Escócia, País de Gales, Holanda, França e Espanha.

Nas Unidades de Cuidados Intensivos, "foram admitidos sete novos casos de gripe, o que corresponde a uma taxa de admissão por gripe em UCI de 3,5%, inferior àquela estimada para a semana anterior", acrescenta o boletim.