“Com esta iniciativa e, com tantas outras que temos feito pelo país, contrariamos esta ideia que se pretende passar de que o SNS e os serviços públicos estão parados, não só não estão parados como finalmente entraram no bom movimento. A prova disso é que nunca como em 2016 se recrutaram para o SNS tantos médicos e tantos enfermeiros”, disse.

Sobre o avanço da 2.ª fase das obras de requalificação do Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho (CHVNG/E), o ministro sublinhou que permite “reforçar o trabalho uma equipa que é reconhecida no país todo como uma equipa de grande qualidade”.

“Estamos, portanto, a iniciar o caminho, com uma nova visão das políticas públicas, uma visão que reconcilia o país com essas mesmas políticas, que reconcilia o interior com o litoral, os mais novos com os mais velhos, o poder central com o poder regional e o poder autárquico. Estamos a arrumar o SNS, arrumá-lo é pô-lo direito, não é encher o SNS de um novo-riquismo espúrio, de investimentos aleatórios à toa, sem sentido, muitas vezes para satisfazer apenas os caprichos regionais ou até nacionais”, afirmou.

“Gaia merece, pela dimensão que tem em termos nacionais, pela contribuição que tem para a economia do país, pela importância do concelho, mas merecem, sobretudo, as pessoas que aqui vivem, que o hospital que tem um grande quadro de profissionais possa ter condições para que esses profissionais possam tratar os doentes com dignidade, com respeito e com humanidade”, frisou.

À espera há duas décadas

O presidente da Câmara de Gaia, Eduardo Vítor Rodrigues, lembrou que “a obra de reabilitação do Hospital de Gaia é um desígnio com mais de duas décadas”. “Não se trata apenas de dignificar o edificado, mas sobretudo de viabilizar o futuro do hospital, as suas especialidades de referência nacional e internacional, a sua urgência polivalente, enfim, o seu futuro como grande hospital central da região”, referiu.

A 2.ª fase da obra tem um custo estimado de 16 milhões de euros, sendo que seis milhões serão cofinanciados pelos fundos comunitários do Portugal 2020 através do programa Operacional Regional do Norte 2014-2020.

Este investimento será ainda financiado por verba comparticipada pela Câmara de Gaia no valor de três milhões de euros, nos termos de um protocolo hoje assinado com o Ministério da Saúde. Esta fase da obra inclui áreas técnicas, a construção dos serviços de Urologia e de Gastrenterologia, da Unidade de Broncologia, da Consulta Externa de Ortopedia e a conclusão do Serviço de Imagiologia.

Compreende ainda a construção do Serviço de Urgência Geral, Pediátrica e de Ginecologia/Obstetrícia, da Unidade de Emergência Médica e das unidades de Cuidados Intensivos e Intermédios. O prazo de construção, após a adjudicação da obra, será de 18 meses.