28 de março de 2013 - 12h30
O ministro da Saúde, Paulo Macedo, defendeu hoje uma “atuação forte” para que não se repitam os casos de médicos de família que alegadamente receberam remunerações indevidas e recomendou que os conselhos de administração estejam atentos.
Já ontem o ministro disse ter ordenado a instauração de processos disciplinares aos médicos que receberam indevidamente elevadas verbas de incentivos e horas extraordinárias para realizar cirurgias em horário normal de trabalho. Paulo Macedo acrescentou que foi pedido um novo balanço à Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS), a qual terá de ser entregue “nos próximos meses”. 
A Inspeção da Saúde detetou médicos de família a ganhar mais de 100 mil euros por ano.
Casos pontuais
“Há casos que têm que ser corrigidos e corrigidos de uma forma determinada”, salientou o governante que frisou, porém, tratarem-se de casos “pontuais face àquilo que são dezenas de milhares de profissionais médicos que trabalham no Serviço Nacional de Saúde e que na sua esmagadora maioria cumprem e têm uma elevada dedicação”.
Já quanto aos médicos que recebam remunerações indevidas, Paulo Macedo defendeu que “há que agir” quer “ao nível interno quando caso disso, quer através dos conselhos de administração, quer através da inspeção de atividades em saúde, quer também, quando se justifica, designadamente nas fraudes que são conhecidas, relativamente às prescrições de medicamentos indevidas, através do Ministério Público e da Polícia Judiciária”.
Segundo a notícia, “um só médico a trabalhar num centro de saúde na região centro chegou a receber quase 250 mil euros em incentivos e horas extraordinárias”.
SAPO Saúde com Lusa