Adalberto Campos Fernandes, que falava aos jornalistas no final da sessão de apresentação do 1.º Inquérito Nacional de Saúde com Exame Físico, mostrou-se confiante de que os médicos não vão avançar para a greve.

O Sindicato Independente dos Médicos (SIM) anunciou na segunda-feira que vai solicitar a intervenção do primeiro-ministro e dos grupos parlamentares para a reposição do pagamento a 100% das horas extraordinárias, atualmente pagas a 50%.

Segundo o secretário geral do SIM, e em último caso, os clínicos podem avançar para uma greve já que é grande o descontentamento na classe médica.

"É uma preocupação eticamente legítima", disse o ministro, para quem "há algum grau de injustiça na forma como os médicos são pagos".

Talvez em 2017

Contudo, o governante frisou que a lei do orçamento, que está em vigor, não permite que, pelos menos em 2016, esta questão sofra mudanças.

Adalberto Campos Fernandes apelou aos médicos para que tenham "compreensão" e disse: "não podemos dar tudo a todos ao mesmo tempo".

O ministro referia-se nomeadamente à reposição das 35 horas no setor da saúde, sobre a qual disse haver condições para que decorra normalmente.

Questionado sobre alegadas dificuldades neste processo junto das Finanças, Adalberto Campos Fernandes referiu que há "coerência e consistência" dentro do Governo sobre esta e as outras matérias.

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